terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Apresentação

         Não há como apresentar esse blog senão de maneira pessoal. Na verdade estou ressuscitando um projeto antigo de manter um espaço virtual para trocar, conhecer e divulgar textos, imagens e vídeos sobre máscara e seu diálogo com as artes cênicas. É também um espaço para divulgar o meu trabalho. Lembro que de ter confeccionado minha primeira máscara ainda na adolescência em uma oficina de teatro amador, mas foi com Helô Cardoso (professora do departamento de Artes Cênicas da Unicamp) que me tornei um apaixonado por máscaras. Fui durante dois anos monitor da disciplina "Máscara: elementos técnicos de artes visuais", onde aprendi tudo o que pude sobre confecção e depois segui pesquisando e experimentando novas formas e técnicas. Criei e confeccionei máscaras para os espetáculos  Ponto de Partida, dir Pedro Braga; A hora em que não sabíamos nada uns dos outros, da Cia Elevador Panorâmico, dir. de Marcelo Lazzaratto;  Notas da Superfície, direção Márcia Abujamra e O bailado de Flávio de Carvalho, direção Roberto Lage.
         A confecção de uma máscara, além de muito prazeroso, é um trabalho extremamente minucioso e exigente no que diz respeito à  criatividade, técnica e paciência (quem já passou horas e horas empapelando um molde de gesso sabe do que estou falando). No entanto, há algo de encantador na máscara que excede as delícias e desgraças da confecção: o próprio ato do mascaramento. De onde vem a inegável necessidade do homem de mascarar-se? Quantas são suas formas e manifestações possíveis? Camuflar-se, tornar-se anônimo, representar um tipo, um arquétipo, duplicar-se. Como as máscaras, em suas mais diversas formas, técnicas, não-técnicas, apontam para a nossa identidade (nacional, individual, humana) e para nosso poder de transformação. Quais as formas contemporâneas para o mascaramento? São todas essas questões que estão em discussão nesse espaço virtual que inauguro agora.

             Bem vindos!

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